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Vacinação contra a gripe

Atualizado: 26 de jun.


Os surtos de influenza (gripe) causados pelo vírus influenza é considerado uma questão de saúde pública no mundo todo. Os números da Organização Mundial da Saúde (OMS) são impressionantes. Todos os anos 5% a 10% da população mundial é infectada pelo vírus, o que corresponde a 1 bilhão de casos da doença. Entre os acometidos, 3 a 5 milhões desenvolvem a forma grave e o número de mortes oscila entre 250.000 a 650.000 por ano, o que é extremamente preocupante. No Brasil, a importância da vacinação foi assumida como problema de saúde pública e há várias décadas está disponível nas unidades de saúde e somos um dos poucos países em que a vacinação contra a gripe é feita de maneira tão abrangente.


A gripe é uma doença que pode causar consequências graves e imprevisíveis e as pessoas com mais de 60 anos tem maior chance de contrair a doença já que após essa idade o sistema imune passa por um processo natural de enfraquecimento. E a gripe afeta muito os indivíduos com doenças do coração, uma vez que as cardiopatias são mais frequentes na população acima de 60 anos.


Além das complicações já conhecidas da gripe, como pneumonias bacterianas, sinusites, faringites, etc. Diversos estudos mostram que a ocorrência de infarto é maior nos períodos de influenza e outros estudos mostram que a chance de infarto é 6 vezes maior no indivíduo que está com gripe. Além disso, a necessidade de internação por insuficiência cardíaca também aumenta substancialmente durante os surtos de gripe.


A boa notícia é que recentemente foi demonstrado que a vacinação contra a gripe reduz o risco de morte em pacientes que já tiveram infarto do miocárdio, reduz o risco de morte, infarto e acidente vascular cerebral em indivíduos hipertensos e reduz morte nos indivíduos que tem insuficiência cardíaca.


A vacina da gripe está disponível nas unidades públicas de saúde e deve ser tomada por todos os pacientes cardiopatas que não tenham contra-indicação. E na rede privada está disponível uma vacina com quatro vezes mais antígenos (também conhecida como high dose, no Brasil com nome de Efluelda), que protege ainda mais aqueles com mais de 60 anos e recomendada pela Sociedade Brasileira de Imunização e pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia.


Assim, o Departamento de Insuficiência Cardíaca da Sociedade Brasileira de Cardiologia sugere a todos os cardiopatas que sejam vacinados contra a gripe com qualquer que seja a vacina a fim de proteger contra complicações já conhecidas da gripe e contra complicações e morte em cardiopatas.

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